domingo, maio 16, 2010

Dose de Radiação em Pediatria, Comparação de Sistemas convencionais e Sistemas digitais.

A decorrente Publicação serve de Suma a uma Revisão de um artigo Publicado na
"Revista Lusófona de Ciências e Tecnologia de Saúde"


Resumo: Esta investigação foi realizada em âmbito comparativo, da dose absorvida nos pacientes de 0-5 anos em dois serviço de radiologia distintos com equipamentos e técnicas diferenciadas, no decorrer de um exame ao tórax em posição Postero Anterior (PA).


Introdução: Desde descoberta o Rx que se verificou que tal era causa de inúmeros problemas a nível morfológico, como a Radiologia sempre se moveu no sentido de diagnóstico e não de prejudicar a saúde dos pacientes, desenvolveram algumas pesquisas.


Esta investigação foi no âmbito da incidência mais efectuada em radiologia convencional, e na idade mais sensível, a nível tecidular (0-5 anos), em uma era de mudança total de sistemas de aquisição de imagem de película para digital. Procedendo-se á avaliação de valores obtidos nas diferentes técnicas e valores padrão cedidos por entidades reguladoras “International commission for radiotion Protection" (ICRP), em conjunto procede-se a uma análise.

Material e Métodos: Recorre-se a uma amostra de 60 exames de pacientes diferentes, em 2 Hospitais diferenciados, (30 em cada) em que o Hospital A está equipada com um Sistema Digitalização Indirecta e o H. B com o sistema de Radiologia convencional de Pelicula.
Para análise dos valores obtidos teve-se em conta os factor técnicos como Kvp, mAs, dff,  tamanho de chassis, uso ou não de Potter, e uso de controlo de exposição automática (CEA). Tendo também em conta os factor fisiológicos do doente como sexo, peso e idade.

Resultados: No Hospital A 90% dos exames foram realizados com potter, e a média de dose quando utilizado CAE foi de 27,66GY e sem CAE 21,58Gy. No Hospital B que só se realizaram 53% do exames com potter e nunca se utilizou o CAE sendo a média de dose de 6,85Gy
Recorrendo à correlação de Perarson verificou-se que a única relação com o aumento de dose esta na variável mAs.
Observou-se que em média os valores de dose obtidos nos Hospitais modelo, são sempre inferiores aos valores referência cedidos pela ICRP.

Conclusão: Exames efectuados no recurso a Sistema de Digitalização Indirecta apresentam maior média de dose á entrada na pele, denotando-se um maior dose quando recorrendo ao controlo automático de exposição.
Porem e mais que as características dos equipamentos, o grande empenho por parte do técnico em obter um bom exame com o mínimo de radiação possível, passa por, manobrar os factores técnicos que consoante a sua necessidade, e se possível, sem recurso a Controlo Automático de Exposição, com a ajuda de protecções radiológicas, outros utensílios e técnicas, vai fazer a grande diferenciação de dose recebida pelo paciente.

Imagem de Tórax de um recém nascido

Bibliografia: "Carvalho, Eugénio; Grilo, Ricardo; Matela, Nuno; Pereira, Paulo. Avaliação dos padrões de Dose em Radiologia Pediátrica: Comparação entre Sistemas Convencionais de Películas e Sistemas de Digitalização de Imagem em crianças dos 0-5 anos de idade, na radiografia do Tórax em Incidência Antero-Posterior, Lisboa, Revista Ano 4 nº; p.27-46 - 2007"